Ah, esse abismo entre o saber e o sentir! Sei que há tempo para abraçar e tempo para deixar de abraçar, tempo de chegar e tempo de ir-se embora... Sei que preciso aprender agora a abrir meus braços e deixar que um pedacinho do meu coração seja levado pela minha doce Babí, para que ela não se sinta sozinha na sua "viagem". O fato: após doze anos de alegrias e companheirismo, a pequenina "salsicha" Babí se deixou levar para um lugar aonde ainda não posso ir. Houve carinho até o final e os olhos dela refletiam muito mais coragem do que os meus. O vínculo: dividimos momentos sublimes de nossas vidas; corremos no parque, nadamos no rio, viajamos por estradas, passamos um Natal em solitude, apenas nós duas e os Anjos, assistimos a novela juntas, adoecemos algumas vezes, saramos, choramos e nos consolamos como amigas verdadeiras, capazes de advinhar o mais sutil pensamento uma da outra. De todos os cãezinhos que tive, e foram muitos, de todos que muito amei, Babí foi a