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Mostrando postagens de 2009

Mitologia e Terapia

Espaço Livre - Estudos Psicanalíticos Encontros Terapêuticos Módulo 1 Desenhando Mandalas - os efeitos benéficos e pacificadores das mandalas; seu uso prático na superação de fobias (síndrome do pânico). Módulo 2 Deusas da Lua e o Sagrado Feminino - a mulher e suas fases. Identificar a multiplicidade do perfil feminino nas suas manifestações aparentemente contraditórias, antagônicas e paradoxais, através das deusas da lua Ártemis, Selene, Hécate e Lilith; Phoebe e Leto. Identificar e comparar as diversas deusas da lua: desde a prosaica deusa Selene até a intensa e primitiva deusa da lua negra Lilith. Módulo 3 Conflitos entre mães e filhas e avós: a repetição como destino? Mensagens bruxas, tão frequentes no discurso materno, podem ser identificadas pelas filhas e não repetidas aos seus filhos, de modo a não corromper essa relação de amor, mesmo que pautada pela ambivalência. (Deméter e Perséfone; Medusa, a mãe má.) Através da mitologia é possível construir novos cami

Afinal, o que deseja uma mulher?

Filósofos, poetas, psicanalistas, muitos homens têm procurado compreender e explicar o que deseja uma mulher. Deusa poderosa, anjo misterioso, bruxa sorrateira, Eva ardilosa, sereia sedutora, estas são algumas das "faces elaboradas de mulher, sempre a atrair 'pobres' homens para os descaminhos do prazer e da perdição". Mil mistérios rodopiam no imaginário masculino, reproduzindo nos homens a intensa perplexidade de Adão, que, fraco e inseguro, foi queixar-se ao Todo Poderoso: "Senhor, a mulher que Tu me deste induziu-me ao erro, ofereceu-me a maçã e eu comi."(Eximiu-se da culpa responsabilizando a mulher pelo "pecado" que ambos cometeram.) Certo é que a mulher é possuidora dos mistérios da vida, dos ciclos da terra e da lua. A mulher recebe a semente do homem dentro da sua carne no ritual mais sagrado que existe: o Hierosgamos(a união do Sol e da Lua, na Alquimia). A mulher concebe e faz amadurecer o fruto dentro de si, nutre-o e no tempo

O Mito Vazio - parte 2

O Iluminismo, a época da razão, deu cabo dos deuses, mas não da função psíquica por eles representada; os conteúdos arcaicos reprimidos resultam ainda mais fortelecidos e atuantes. O homem civilizado elabora seu mito vazio; se assume como um deus de plenos poderes sobre a natureza, manifestando a negação do primitivo e a recusa obstinada à integração de Logos e Eros. Para o 'homo vanitas', bugigangas hi-tec são adornos indispensáveis. Não apenas rodeia-se de botões, circuitos, antenas, fios, telas, teclados e que tais, extrapolando a inegável utilidade dos bens que adquire, como, igual e principalmente, incorpora, veste-se e reveste-se com os adereços eletrônicos de última geração. Usa e abusa dos implantes, chips, modeladores plásticos, silicones, lipos e lentes, fetiches de todo tipo, e passa a exibir com orgulho desmedido o seu super-hiper falus psicológico. Por onde vai, o homem civilizado arrasta o manto do personalismo, remendado com os trapos do egoísmo e rebordado com a

Porta D'água - poemas e fragmentos do livro NUA

Sob o título Porta D'água você encontrará poemas e fragmentos do livro NUA, de minha autoria, editado em 1988. EVOLUÇÃO Evoluir não é querer ser borboleta Sem ter sido a larva mísera e preta Não é, sem ter atravessado o lodo escuro, Nascer o lírio, perfumado e puro. É dia após dia renascer É tropeçar nas faltas e pecados É ressurgir dos erros praticados É prosseguir Cair E outra vez se erguer. Evoluir é depurar a alma cativa É lapidar a pedra rude e viva Dar-lhe a aresta, o brilho e o destino Evoluir é retirar lições das dores Dos espinhos retirar as flores E do erro o máximo de ensino. ***

O Mito Vazio: o homem em busca da onipotência

Acredito que em nossos dias não há pessoa que não tenha ainda experimentado um certo vazio, um sentimento de inadequação, de falta de sentido ou propósito para a própria vida. Esta é uma sensação doída de não viver, de apenas reagir aos estímulos do dia a dia. É então que facilmente nos deixamos seduzir pela deusa Vanitas, quando ela se põe a ciciar docemente em nossos ouvidos e a nos açular de forma diabólica: "Mais que o gênio da lãmpada, posso oferecer-lhe a satisfação de todos os seus desejos." Parece-nos proposta suficiente para que saiamos correndo atrás da própria sombra, em busca da felicidade, essa felicidade que "está apenas onde a pomos e nunca a pomos onde nós estamos" (poeta Vicente de Carvalho). O objetivo de Prometeu, oferecendo ao homem a tecnologia e o progresso, parece ter se desvirtuado, uma vez que o homem civilizado vem dedicando-se à paradoxal construção de um genérico de si mesmo. E assim produz o mito vazio, a negação de si mesmo. A

Mandala , o Círculo mágico

Mandala, em sânscrito, significa círculo mágico , como é largamente sabido. Dentro deste círculo são riscadas linhas, figuras geométricas e cores que se organizam de forma simbólica, resultando em um campo de energia, fazendo da mandala um símbolo, cuja característica principal é a de produzir sentimentos de qualidade elevada, além de facilitar ao inconsciente manifestar-se através de emoções e sentimentos que podem ser intensos e vívidos ou suaves e apaziguadores. A finalidade de se desenhar uma mandala é o ato de contemplar e meditar, produzindo na mente um padrão benéfico de elevação espiritual, através da conexão entre a mandala e seu observador. A mandala desenhada por nós torna-se um símbolo pessoal que naturalmente nos permite acessar ideias, lembranças e significados individuais e coletivos. A mandala é um símbolo, e como tal, é o registro visível de uma verdade invisível. Segundo o médico Paulo Urban "Mandalas são portas quânticas para outros níveis de consciênci

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A ideia primeira é relacionar a elaboração dos mitos e a prática dos ritos com a prospecção feita pela psicanálise na mente inconsciente, e tentar estabelecer uma aproximação entre a ciência (psicanálise, assim estabelecida por Freud) e a espiritualidade (intuição, própriocepção, transpessoalidade, fenômenos mediúnicos) como exemplos contidos no devir (Heráclito), ambos, ciência e espiritualidade, igualmente comprometidos com a manifestação de seriedade e competência para explicar o mundo e seus fenômenos. O mito fala da experiência humana, ("fala de nós mesmos" segundo J. Campbell) da intuitiva sabedoria demonstrada desde sempre através do fluxo constante dos eventos psíquicos, acausais, arquetípicos, surpreendentes não só pela "absoluta naturalidade" (natureza) de sua ocorrência como também pela regularidade com que se manifestam no tempo e no espaço. Ocorrem aleatoriamente o tempo todo, em todos os lugares e na vida de todas as pessoas (ad infinitum). Este bl

VIAGEM AO MUNDO DA CONSCIÊNCIA

A Natureza está sempre aprimorando sua obra, tanto que seu produto mais elaborado, top de linha, jóia da coroa, vem sendo meticulosamente lapidado, através dos séculos,a revelia do seu maior beneficiário, o homem, que menos ajuda e mais atrapalha, enrolado no novelo do uso e abuso daquilo que chamamos CONSCIÊNCIA. Há pesquisas modernas sobre a CONSCIÊNCIA: para ali se voltam a psicologia do futuro, as neurociências, os cérebros antenados dos cientistas, as imponderáveis intuições das sibilas, os corações dos simples (aqueles que herdarão o reino dos céus), a metapsicologia, a neurolinguística também, entre muitos outros... A Natureza faz brotar essa semente (imagine quando a consciência virar flor!!)no torrão chamado cérebro (para alegria dos materialistas) e, de repente, lá vai a florzinha brotar na terra fofinha, na água, no ar, como se não precisasse exatamente de um substrato, algo assim como "um raio de luz, a brincar de ser ou não ser". (Shakespeare). Estados alte