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Diálogos na era da comunicação

" E disse Deus: Haja luz. E houve luz." (Gen. 1;3) Simples assim. Emissão da palavra, vontade declarada e surge a luz como resposta ao imperativo divino. "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança..." (Gen. 1;26) Ao falar, Deus manifesta sua vontade e a comunica a um interlocutor, pois a segunda frase indica claramente a presença de mais Alguém ao Seu lado. Podemos pressupor um diálogo entre duas Entidades; um tácito acordo, clareza quanto ao propósito das ações que estão sendo realizadas e plena concordância em relação à obra consumada. Um exemplo de comunicação verdadeira. Agora vamos ao século XXI, era da comunicação, e observar os muitos usos que o homem aprendeu a fazer da palavra. Desde talvez de antes dos tempos dos sofistas, a intenção verdadeira do ser falante vem caminhando por rotas sinuosas; esgueira-se por vielas escuras, confunde olhos treinados e ouvidos atentos, e escapa veloz com sorrisos de ironia, ve

"Façamos o que é bom no tempo oportuno." Eclesiastes, cap. 11 (Bíblia)

Milhões de internautas ao meu dispor e permaneço indecisa diante das inúmeras possibilidades de interação. Milhões de informações em disponibilidade, de que eu não preciso, nem tenho tempo para todas. Hoje é o tempo oportuno para mudanças. Vinte e quatro horas, hoje, é o único espaço-tempo de que disponho, uma vez que passado e futuro são abstrações, apenas indicativos verbais. Sinto-me a viver em um formigueiro e não me sentir formiga. Sonho sonhos compartilhados com seres humanos sensíveis, confidentes, acríticos, para efetuarmos trocas emocionais e físicas, não necessariamente sensuais, entenda-se ... Abraços, sorrisos cúmplices, mãos dadas, não apenas emprestadas. Sonhos que possam se realizar a partir de hoje, o tempo oportuno. Por onde andará a rara figura do "amigo de infância" (mesmo aqueles que tenhamos conhecido há pouco tempo), a quem se podia mostrar fraquezas, inseguranças, não para análises pontuais, mas apenas para compartilhar nossa humanidade, e

Thanatus, a causa secreta

Medo da morte, a causa secreta. Reflexão sobre a morte e o ato de morrer. Na Mitologia Grega, Thanatus é o anjo da morte, irmão gêmeo de Hipnos, o sono; são filhos de Nix, a noite e de Érebro, a escuridão do mundo inferior. Thanatus era representado como uma nuvem prateada que envolvia os mortais e lhes arrebatava a vida. Creio que não são as pessoas tolas as que mais dizem tolices; mas sim as angustiadas, amedrontadas, diante do enfrentamento da causa secreta. Sejam aquelas que recebem notícia de um mal incurável em seu próprio organismo, sejam aquelas informadas de que um amigo ou ente querido está desta forma diagnosticado. Isso, quando falamos na véspera da morte, situação em todos estão, com maior ou menor brevidade, afinal, morrer é o paradoxal objetivo da vida. Uma cena do filme Chico Xavier, cômica, por sinal, mostra o médium, a bordo de um avião em forte turbulência, a gritar assustado com medo de o avião cair e todos morrerem no desastre. Surge então seu guia espiri

Conflitos Recorrentes entre Mãe e Filha

A Grande Mãe Demeter, conflitos recorrentes entre mães e filhas. Problemas com sua filha? Sua mãe não entende você? "Ninguém jamais se separa inteiramente da mãe." Barbara Black Koltuv, Ph.D. Aprenda a lidar com este conflito através do mito da deusa mãe Demeter e de sua filha Perséfone. Compreenda os movimentos feitos para a conquista da individualidade, sabedoria e realização. Primeira coisa  para compreender a relação arquetípica entre mãe e filha; observar símbolos e mitos. A belíssima história de Demeter e Perséfone. O relacionamento entre mães e filhas decorre de um entrelaçamento visceral, extra modum (além da medida), um movimento sem princípio nem fim, bem representado pelo 8 deitado, ou símbolo do infinito. Vale pontuar a conexão fisiológica entre ambas representada pela placenta e pelo cordão umbilical. Isso porque das barrigas das mães saem as meninas, de cujas barrigas sairão as suas meninas... (falar de meninos agora é fora do nosso tema).